Em 1998 o Papa João Paulo II anunciou uma breve visita à cidade uruguaia de Melo, perto da fronteira com o Brasil.
A população local se agita e vê o evento como uma grande oportunidade para vender comida, bebida, bandeirolas, souvenirs, medalhas e tudo mais.
Um dos moradores, o Beto, imaginou construir um banheiro na casa modesta onde morava para atender os visitantes, cobrando por isso. Em Melo chegava a informação de que viriam mais de 30 mil brasileiros.
Em 2007 foi feito um filme, daí o nome Banheiro do Papa, tendo como ator principal César Troncoso, o Beto, relatando o que aconteceu.
Do Brasil só foram à Melo cerca de 500 pessoas. Houve uma decepção geral, pois a visita, além de rápida, não levou peregrinos à cidade, como se imaginava. Muitos venderam casas, carros, para investir no sonho, Deu tudo errado.
Revendo o Banheiro do Papa há poucos dias, me lembrei da Copa de 2014, pois encontrei com um conhecido que está pensando em vender uma fazendinha perto de BH para comprar 10 vans imaginando transportar turistas. Na mesma hora me lembrei também da Copa Centenário de 97, com o prejuízo que deu.
Assim, fico com um pé atrás, quando vejo e ouço tanta informação sobre a esperada invasão de turistas aqui em BH. É preciso ver primeiro quem vai se classificar, que jogos virão para Minas.
A Copa veio para o Brasil porque o nosso país merece promovê-la. Vai deixar uma herança muito positiva para a cidade. Vamos ser vistos e conhecidos pelos quatro cantos do mundo.
Porém, muita calma. Espere um pouco para apostar no banheiro do Papa.
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