sábado, 4 de janeiro de 2014

O macaco muriqui

                 O macaco muriqui   
No Brasil, país onde vive esta espécie, o macaco aranha é chamado de muriqui.
Com 150 cm de altura e quase 20 kg de peso, é o maior macaco do continente americano. O macaco aranha desloca-se agilmente de ramo em ramo graças às suas patas e cauda, particularmente bem adaptadas.

                    Este macaco só muito raramente desce ao chão e nunca abandonam os bosques onde vivem, ao longo da costa do Brasil. Há um século atrás cerca de 100.000 muriquis viviam tranquilamente nesses bosques, mas como as árvores têm vindo a ser abatidas para criar pastagens, o seu território ficou reduzido a uns dez por cento da sua extensão original e o muriqui converteu-se numa das espécies mais ameaçadas.
Ainda restam uns 300 macacos aranha. Infelizmente não se reproduzem em cativeiro e só existem exemplares desta espécie num único jardim zoológico do mundo.
Vivem entre 10 e 15 anos.
                     Restam apenas 300 muriquis no estado do Rio de Janeiro. Eles são ameaçados pela diminuição das áreas de floresta, pela caça e por doenças transmitidas por outros bichos. Correndo risco de extinção, o maior primata das Américas e candidato a mascote dos Jogos Olímpicos de 2016 ainda padece com a falta generalizada de informações. Pesquisadores vão a campo a partir de janeiro e, num prazo de dois anos, pretendem concluir o primeiro censo populacional e o georreferenciamento do mono-carvoeiro, como também é conhecido esse macaco exclusivamente brasileiro.
                    Forte candidato a mascote nas Olimpíadas de 2016, o simpático macaco muriqui (em tupi, ‘povo manso da floresta’ evidenciando a pacificidade e o gosto desses animais por abraços), está seriamente ameaçado de extinção. O maior macaco das Américas, exclusivo da biodiversidade brasileira e presente em grande parte da Mata Atlântica que integra o Rio de Janeiro, sofre com a caça esportiva e – pasmem – para o consumo humano.
Na verdade, além da carne do muriqui ser bem apreciada para o consumo no passado, a redução drástica dos exemplares desse primata aconteceu, principalmente, pela extração do palmito juçara, que mesmo proibida há duas décadas ainda é muito comum em grandes áreas de São Paulo e do Rio.
Além da destruição do habitat, da caça e da introdução de doenças pelo contato com os caçadores, outro motivo levou a uma das espécies existentes, o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) à posição de criticamente em perigo, em uma lista elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), com os 100 animais mais ameaçados do mundo: a baixa taxa de reprodução.
Com uma gestação de 210 a 255 dias, a fêmea muriqui tem seu primeiro filhote somente depois dos oito anos de vida.
                 Além do muriqui-do-norte, que vive no Rio, Minas Gerais, Espírito Santo e já está extinto na Bahia e em Sergipe, há o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), espécie que habita o Paraná, São Paulo e sul do Rio. A única diferença entre as duas espécies é que o muriqui-do-norte tem o rosto despigmentado e um polegar pouco útil.
Os muriquis, reduzidos a pouco mais de três mil indivíduos, sobrevivem atualmente em parques estaduais e nacionais. Apesar da caça existir até hoje, há avanços nos esforços de conservação. O Plano de Ação Nacional dos Muriquis, por exemplo, propõe estratégias para proteger a espécie.
                  Outra proposta é a criação de um corredor ecológico ligando duas reservas de proteção da Mata Atlântica em São Paulo, possibilitando que os muriquis se espalhem por uma área maior. O projeto pretende ainda implantar trilhas para que turistas e visitantes tenham mais proximidade com os primatas, ávidos por quem os abrace.


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