quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O BRASILEIRO E A CULTURA DA CORRUPÇÃO


O Brasil se tornou um país corrupto já a partir do descobrimento, ou seja, o achado destas terras pelos portugueses, que aqui aportaram em 1500. Quando Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei, disse: “em se plantando tudo dá”, deu mesmo. Até a corrupção plantada por eles, portugueses, pois começaram ali a corromper os índios com espelhinhos e bugigangas e levaram em troca todas as nossas riquezas: ouro, pedras preciosas, madeiras e até as suas próprias mulheres foram entregues a eles. 
Nossos índios começaram a ser aculturados pelos degredados da pior espécie que havia em Portugal: ladrões, assassinos, estupradores, enfim, o que eles tinham de pior na sociedade deles foi solta nestas terras como castigo. O castigado foi o Brasil.
A “hospitalidade” brasileira vem desde 1500 e graça até os dias de hoje, onde tudo que é importado parece ao nosso povo de melhor qualidade e de maior confiabilidade, desde pessoas até míseros produtos. O Brasil ainda não conseguiu assimilar seu potencial científico, tecnológico, cultural e não demonstra nenhum interesse em explorá-los, pois não é conveniente aos nossos políticos que pregam a educação como base de tudo nas palavras e não nas suas ações. Para os nossos governantes, na prática, quanto menos cultura for passada a nosso povo, melhor para eles, que não perdem os seus cargos de mandatários eternos e que dão hereditariedade às suas famílias como tal.
No Brasil, infelizmente, se usa muito o termo: a ocasião faz o ladrão, pois o sistema lhe dá esta oportunidade. O cidadão brasileiro consegue passar na frente para certos atendimentos, pois conhece o atendente. Se ele se sente em situação complicada, ele conhece um advogado que tem conhecimento com um juiz que, juntos, e com um pouco de dinheiro conseguem aliviar a sua “barra”. Ética, neste país, é palavra desconhecida, ou melhor, só existe no nosso dicionário, e quase nunca é utilizada no momento em que se dá privilégio a pessoas a quem devemos uma “obrigação”, que nada mais é que a obrigação de termos sidos atendidos com o devido respeito e direito do cidadão.
Enquanto não se colocar em primeiro lugar o respeito pelo próximo, pela coisa pública, pela coisa miserável, pela família que é a base de tudo, não conseguiremos ter vida própria e nem conseguiremos mudar o que aí está.
Toda corrupção que se levanta contra os que mandam neste país, cai facilmente no esquecimento do povo que, infelizmente, tem memória curta, justamente por não ter a sua cultura explorada com eficiência.
Neste país levanta-se a corrupção e os corruptos. Levam para a mídia, mostra-se ao povo, mas jamais se toma o que foi roubado. Parece que interessa a alguém que assim seja. Amém!
Este país tem jeito sim, a partir do momento em que o povo de debelar, nas urnas, e passar uma borracha no que aí está e começar tudo de novo, com um novo descobrimento, e que este descobrimento seja feito por nós mesmos brasileiros, e não pelos portugueses que, pelo legado deixado de herança, não merecem confiança e respeito de um povo que deseja ser reconhecido como nação verdadeira e independente.
Não existe mais a máxima de que o brasileiro não sabe votar, mas sim, a de que o brasileiro não tem em quem votar. Morrem os políticos de agora, ficam seus filhotes.
Para que esta borracha seja passada, há a necessidade de que os nossos professores de hoje procurem incutir na cabeça de nossos estudantes a necessidade de dar especial atenção aos estudos e procurar por suas próprias forças avançarem o máximo que puderem no conhecimento de como se forma uma nação de verdade, uma nação que possa ter vida própria. Só assim poderemos acabar com a corrupção, o jeitinho brasileiro de se achar solução para tudo. Achar solução sim, só que pelo caminho do conhecimento, da justiça social e do respeito.
Jorge Sérgio Gonçalves – Funcionário Público - Guidoval - MG.
E-mail: abralaz@hotmail.com

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